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workshop wave 2023 | iuav veneza

WAVE - É ao mesmo tempo uma declaração de organização e um programa de WORKSHOP

"Wave é plural em sua estrutura porque representa múltiplas perspectivas trazidas à tona. A edição de 2023 marca o primeiro encontro de uma nova experiência coletiva, onde as diversas disciplinas do projeto, que englobam o ensino e a pesquisa da Universidade Iuav de Veneza, trabalham lado a lado. Ao lado das oficinas de arquitetura, com trajetória histórica que abrange vinte e uma edições, o Waves incorpora uma infinidade de ações nas artes, design, moda, planejamento e urbanismo, teatro e artes cênicas, todas expressões da oferta educacional da universidade. A estrutura geral é caracterizada pelo processo do workshop, enfatizando a importância da documentação e do feedback contínuo do trabalho. A ênfase na sustentabilidade ambiental, social, cultural e de gênero une designers e profissionais na orientação das atividades laboratoriais em direção a um projeto compartilhado. Este é o início de uma nova dimensão colectiva e polifónica para uma escola firmemente empenhada em explorar a multidisciplinaridade. Uma nova dimensão experimental, proativa e operativa capaz de enfrentar os desafios do ensino inovador sem sacrificar a profundidade, promover o diálogo sem apagar as especificidades e fluir sem perder o caráter.

Wave também está no plural no título da edição, Waves, evocando os maremotos que lenta mas incansavelmente voltam a banhar Veneza dia após dia. Ondas serenas e quase imperceptíveis sobem e descem silenciosamente, permanecendo no fundo da paisagem lagunar. Mas também ondas antagônicas que pressionam, desalojam e corroem teimosamente. E de vez em quando, nem sempre previsíveis, surgem com toda a sua presença exuberante, submergindo a cidade e inundando a vida quotidiana. As peculiaridades da cidade de Veneza suscitam reflexões sobre os desafios colocados pelo povoamento e pela vida perto da água, tema central desta edição. Água, ou melhor, águas, no plural, que no mundo contemporâneo existem em quantidades e formas cada vez mais desequilibradas, aparentemente indiferentes ao princípio dos vasos comunicantes, mas manifestando-se através de extremos: águas instrumentais necessárias à vida, escassas e perigosas águas que existem em quantidades problemáticas, exigindo a implementação de sistemas de defesa. A escassez e o excesso, as secas e as inundações tornaram-se condições que já não são excepcionais no mundo contemporâneo. Em vez disso, constituem referências recorrentes e previsíveis no debate sobre o futuro de muitas cidades e territórios, onde a necessidade de proteção e a consciência de formas de assentamento sustentáveis ​​precisam ser reconsideradas. Estes são dois pólos de um mesmo debate que visa reimaginar as condições potenciais de sustentabilidade para a nossa existência no mundo." VENEZA -  iuav -  https://wave.iuav.it/en/

 

O caso da Barragem de Porto Primavera na Bacia do Paraná – extremo oeste de São Paulo - Brasil.

por Cristiana Pasquini

com Ambra tieghi e Jean oliveira

O ateliê propôs que os arquitetos e alunos olhasssem para a bacia do Rio Parana no extremo oeste do estado de são paulo de forma a refletirmos sobre a região e todas as questões que a mesma enfrentou quando construida a barragem de porto primavera: destruição de sitios arquiológicos, da fauna e flora, imigração forçada as familias ribeirinhas, etc.

Qual o papel do arquiteto e urbanista frente a isso ? de que maneira a arquitetura como cultura da preservação do patrimonio material e ambinetal deve ser engajada para ações de conscientização ? a oficiina proões portanto essa e outras reflexões. Fundamentada no livro Futuro ancestral de KRENAK, (2022 ), cristiana leva esse olhar para o mundo e possibilita que a narrativa regional seja reverberada frente a tanta destruiç~çao que a barragem causou. o exercicio Fluida travessia se propões especialemnte em difundir o Brasil e sua cultura diversa. 

Fluída travessia

 

“O desafio que proponho aqui é imaginar cartografias, camadas de mundo, nas quais as narrativas sejam tão plurais que não precisemos entrar em conflito ao evocar diferentes histórias de fundação. É maravilhoso que ainda existam essas memórias nas tradições de centenas de povos, seja na América, na Asia ou na ÁFRICA... Essas narrativas são presentes que nos são continuamente ofertados, tão bonitas que conseguem dar sentido às experiência singulares de cada povo em diferentes contextos de experimentação da vida no planeta.” (KRENAK, A. Futuro ancestral. 2022)  

 

Água, essa matéria fluida que precipita da atmosfera, que esvai pelo desgelo e brota da terra.  Água, curso natural que conforma rios atravessados e entrelaçados até encontrarem o mar.  Água, matéria fluida que alimenta e consolida civilizações e povos, que amparou navegações da esmagadora desumanização colonizadora do planeta, que pode gerar energia, que antecede quem seremos, que está e nos coloca sempre em movimento.  Água, tangível e fluida travessia de quem somos.  As águas dos que estavam aqui antes de nós. As águas do rio PARANÃ, na língua dos povos originários do Brasil, “o rio do tamanho do mar”.  Será possível compreendermos essas águas com olhos de quem esteve aqui antes de nós?  Construir sonhos e refletirmos sobre esse território BACIA DO PARANÃ – BRASIL foi  proposta desse ateliê de projeto para WAVE 2023.

A Bacia do rio PARANÁ possui uma área total de 1,5 milhões Km2, onde 800.000 Km2 estão localizadas no território brasileiro. Além do Brasil, ela faz parte da Argentina, do Paraguai e do Uruguai . O principal rio da bacia é o Paraná, nasce e separa os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul no Brasil. Até sua incursão em território argentino quatro usinas hidrelétricas - Jupiá, Ilha Solteira, Porto Primavera e Itaipu - barram seu curso.  A instalação dessas usinas especialmente de Porto Primavera provocou desde a década de 90 sérios desastres sociais e ambientais.  Segundo dados, a área inundada comportava a maior reserva de argila da América do Sul, afetou ao menos quatorze espécies de animais em extinção, inundou cento e dezoito sítios arqueológicos e promoveu a migração compulsória de mil setecentos e vinte e nove famílias ribeirinhas. Entre todos os problemas causados, as migrações compulsórias e o meio ambiente são os que permanecem.  Ainda hoje as cidades da bacia do Paraná nessa região sofrem com a cheia do lago represado e da abertura das suas comportas. Ilhas ficaram submersas no início de 2023 e moradores perderam casas e negócios.

Frente aos dados, o ateliê propôs a reflexão sobre esse território de maneira que pudéssemos construir o futuro desse lugar. Um futuro que, como diz KRENAK, olhou para a ancestralidade do lugar e consolidou projetos de arquitetura e urbanismo que pudessem dar conta das questões levantadas: resgate da memória dos povos originários, infra estrutura para agricultura familiar do Movimento de reforma agrária brasileira, distribuição da produção agrícola, ciclo mobilidade para deslocamento no território às margens do rio,  estrutura para laser, meio ambiente e áreas verdes, escolas e centro de cultura e soluções para Inundação recorrente com a abertura das comportas da usina. Cada equipe se dedicou a um tema e  trabalho final integrou as questões de forma a propiciar um futuro possível para esse lugar.  

ficha técnica
ano 2023
realização iuav - universidade de veneza, bienal da sustentabilidade

autoria cristiana pasquini
colaboração jean oliveira, ambra tieghi


acesso à pagina do evento aqui

 
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